No Brasil, o arroz ocupa um lugar de destaque na mesa e na cultura alimentar da população, sendo um dos principais componentes da dieta brasileira. Contudo, um cenário preocupante vem se desenhando no horizonte agrícola do país: a possível falta de arroz, impulsionada pela crescente produção de soja e agora por conta das enchentes do Rio Grande do Sul. Este fenômeno não apenas reflete uma mudança significativa no uso da terra, mas também acarreta uma série de repercussões econômicas, sociais e ambientais que merecem uma análise detalhada.
“Decisão correta e muito importante do Governo Federal que terá com a decisão da importação do arroz por conta das enchentes no Rio Grande do Sul de ter um estoque regulatório para evitar um aumento excessivo, e também e principalmente não falte na mesa do brasileiro”. – Comentou o Jornalista do Portal Polo Rural – Eduardo Costa.
Para o enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes das enchentes no estado do Rio Grande do Sul, o Governo Federal publicou uma medida provisória autorizando, em caráter excepcional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até um milhão de tonelada de arroz beneficiado ou em casca para recomposição dos estoques públicos.
A decisão foi tomada diante do alto volume de chuvas na região Sul, afetando a produção gaúcha, responsável por cerca de 68% do arroz produzido no Brasil. O objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçou que a iniciativa visa evitar alta nos preços e que o arroz importado não irá concorrer com os agricultores brasileiros, pois o produto comprado no comércio externo deve ser repassado apenas para pequenos mercados.
“Neste momento, a medida vem para evitar qualquer especulação com o preço do arroz. Também já conversei com os produtores para deixar claro que não é para concorrer com o nosso arroz, até porque os produtores já têm para suprir a demanda nacional, porém, tem dificuldade logística. Com a dificuldade logística para abastecer, vem a especulação”, explicou Fávaro. “Não queremos qualquer peso no bolso do brasileiro. Queremos estabilidade e comida na mesa”, completou.
A compra será realizada por meio de leilões públicos a preço de mercados. Os estoques serão destinados, preferencialmente, à venda para pequenos varejistas das regiões metropolitanas, dispensada a utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta. A autorização é limitada ao exercício financeiro de 2024.
Matéria Colaborativa: MAPA – Ministério da Agricultura do Brasil e Portal Polo Rural.
Crédito Foto: MAPA – Ministério da Agricultura e Abastecimento do Brasil.